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LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

CONFISSÃO: uma Direção Espiritual com S. Francisco de Sales

   A confissão é um sacramento de misericórdia. É, na verdade, um tribunal, mas um tribunal em que o próprio réu se acusa não para ser condenado, mas para ser perdoado. Devemos por isso aproximar-nos dele com uma piedosa alegria e inteira confiança. São Francisco de Sales ensina-nos que, para os que se confessam todos os oito dias, bastam uns 15 minutos de exame de consciência, e pede menos para o ato de contrição. 
   Quanto às faltas leves esquecidas, eis aqui uma profunda observação do nosso santo: Não devemos inquietar-nos, quando não nos lembramos das faltas, para as confessarmos; porque não é crível que uma alma que faz muitas vezes o seu exame o não faça de modo que se lembre das suas faltas graves. Não devemos ser tão delicados, que queiramos confessar tantas pequenas imperfeições, tantas faltas leves; um ato de humildade interior, um suspiro basta para as apagar. Não digais que tendes pecados ocultos que não confessais. Isso é um artifício do demônio para vos inquietar. Recordai-vos ainda de que a acusação minuciosa das vossas faltas não é o que as apaga, assim como uma enumeração exata das dívidas não paga nada ao credor. Um exame longo cansa o espírito. 
   Ouçamos S. Francisco de Sales: "Quando não virdes claramente que destes alguma espécie de assentimento aos acessos de cólera ou de qualquer outra tentação, deveis dizê-lo no vosso entretenimento (direção) espiritual, afim de serdes instruído de como haveis de proceder; mas não o deveis dizer a modo de acusação. Porque se dizeis: acuso-me de ter tido durante dois dias grandes motivos de cólera, mas não consenti neles, dizeis as vossas virtudes em vez de dizerdes os vossos defeitos. Se estiverdes na dúvida de ter cometido alguma falta, deveis examinar seriamente se essa dúvida tem fundamento, e então falar dela com simplicidade. No caso contrário, deveis calar-vos, ainda que sintais por isso algum pesar."
   Outro aviso do nosso santo: "Não somos obrigados a confessar os pecados veniais; mas quando os confessamos devemos ter a resolução de nos emendarmos deles, aliás seria um abuso confessá-los."
   Caríssimos! Depois da confissão, ficai tranquilos. É-vos absolutamente proibido deixar-vos vencer por temores a respeito do exame, da contrição, ou de qualquer outra coisa que seja. Estes temores são artifício do vosso inimigo que deseja tornar-vos amargo um sacramento de consolação e de amor. Devemos, outrossim, arrepender-nos dos nossos pecados, mas não perturbar-nos por causa deles; o arrependimento é o efeito do amor de Deus, a perturbação é o efeito do amor próprio. No mesmo ato de sincero arrependimento devemos dar graças a Deus de, pela sua misericórdia, não termos obrado pior. Prometei-lhe depois uma sincera emenda, não confiando senão na bondade de Nosso Pai Celeste. Ainda que caísseis cem vezes por dia, devíeis sempre esperar e prometer uma séria emenda. Num instante Deus pode transformar as pedras em verdadeiros filhos de Abraão; isto é, em grandes santos. Assim o fará, se constantemente confiardes n'Ele. 
   A dor dos pecados consiste na determinação da vontade que detesta as faltas passadas e as não quer cometer mais para o futuro. Para a verdadeira contrição não é preciso lágrimas, nem suspiros, nem emoções sensíveis ( se isto acontecer, é bom também, mas o importante é a vontade). Podemos até ter em nosso coração uma contrição santa e justificante no meio da maior aridez, que nos parecerá insensibilidade. Mas, caríssimos, não vos deixeis vencer por nenhum temor a este respeito. Torno a dizer: o importante é a vontade decidida. Estabelecei o vosso coração numa profunda paz, e dizei amorosamente ao vosso Deus que desejaríeis não o ter ofendido e com o seu auxílio não quereis ofendê-Lo mais para o futuro: eis a contrição. Ele é um efeito do amor, e o amor procede sempre com tranquilidade. Um dos penitentes mais contritos foi Davi; e a sua contrição encerrou-se nesta palavra: pequei; e por esta só palavra justificou-se. 
   Diz São Francisco de Sales:"É poder muito poder querer. O desejo da contrição prova que há contrição. O fogo que está debaixo da cinza não se sente, não se vê, e, contudo, existe". Dizeis que queríeis ter a contrição, mas que não podeis tê-la. Ficai tranquilos com as palavras do maior diretor espiritual de todos os tempos.
   É aconselhável, caríssimos, acrescentar em geral alguma falta da vossa vida passada, de que experimentais alguma dor particular. Deste modo a matéria necessária para o sacramento será muito mais certa; e a contrição também. 
   Observai bem o seguinte: A Igreja, que é o intérprete das vontades de Nosso Senhor Jesus Cristo, pede a integridade sacramental e não a integridade material. A primeira consiste na confissão dos pecados de que nos lembramos depois dum exame razoável e proporcionado ao estado atual da nossa alma. A integridade material consiste na declaração material de todos os pecados que cometemos, do seu número, das suas circunstâncias, sem omitir nenhuma. A Igreja pede a primeira integridade, porque não excede as nossas forças: mas não exige a segunda, sabendo muito bem que no nosso exame sempre nos escapará alguma coisa ou sobre o número ou sobre as circunstâncias. Em suma: Ela não pede aos fiéis senão uma confissão humilde e sincera de tudo o que lhes vem à lembrança depois dum exame conveniente: persuadida de que a boa vontade dos penitentes supre então a falta involuntária da sua memória. Em uma palavra: a Igreja exige uma confissão HUMANA. E não esquecer que o confessor procura suprir qualquer falta por interrogações prudentes. 
   Caríssimos, para chegardes a tranquilizar a vossa alma, achareis um poderoso socorro neste sentimento universal dos santos: o temor do pecado deixa de ser salutar, quando é excessivo. E cuidado com o temor de confissões gerais! A doutrina não só de São Francisco de Sales, mas de todos os santos e de todos os teólogos esclarecidos e tradicionais é que depois de terdes feito a vossa confissão geral com sinceridade do coração e desejo de vos emendardes, deveis ficar tranquilos e não repeti-la de modo algum, sobretudo, se a pessoa é escrupulosa. Aquele que não segue este sábio conselho dos santos, o que é que faz? Traz à memória o que deveria esquecer, e perturba o espírito em vez de o sossegar. "E depois, como diz também São Filipe Neri, "Quanto mais se varre, mais pó se levanta". Quem sente ardência nas vistas, quanto mais esfrega, mais arde.
   Um último conselho: Pelo menos uma vez na vida, é muito salutar fazer uma confissão geral, e, se for possível, é melhor que seja feita num retiro espiritual. Num Retiro Espiritual temos todas as condições para fazer a melhor confissão geral possível. 
    

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