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LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

domingo, 4 de outubro de 2015

OS IDEAIS DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS ( 1 )

   Todos sabemos que a meditação da vida de São Francisco de Assis constitui um verdadeiro banho de humildade e de desprendimento dos bens terrestres; e mais do que isto: um banho de amor às humilhações e à efetiva santa pobreza. São Francisco não procurou forjar um  Evangelho ao "modus vivendi" da época. Procurou vivê-lo na sua genuinidade íntegra. Em outras palavras, esforçou-se por fazer de Jesus Cristo o centro de sua vida. Foi assim que logrou com a graça de Deus, ser uma cópia do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Não dissera o Divino Mestre: "Sede perfeitos como Vosso Pai do Céu é perfeito"? Jesus Cristo é, na verdade, a causa eficiente e também exemplar de toda santidade. Imitando-O, chega-se, o quanto é possível a mera criatura, à perfeição de Deus. 

   Francisco, na juventude, mesmo antes do que ele próprio chama "sua conversão", distinguiu-se por três qualidades: pureza de costumes, desprezo pelos bens puramente materiais e espírito cavaleiresco.

   Pureza de costumes:  "Ele era, diz Tomás Celano, naturalmente e por força de uma generosa resolução, cortês nos modos e na linguagem. Ninguém lhe ouviu jamais uma palavra ofensiva ou vergonhosa. Por muito alegre e brincalhão que fosse, propusera-se nunca responder a gracejos pouco delicados. Por isso o tinham em alta estima na província, e muitos dos que o conheciam asseveravam que ele viria a ser um dia um grande homem". (Thom. Cel., II, n. 3). Dizem os seus biógrafos que em nenhuma parte se encontra , neste período da sua existência, indício de que qualquer falta haja perturbado a sua consciência.

   Desprezo pelas riquezas: "Era, diz Celano, o primeiro nos jogos, nas facécias e anedotas, nas conversas fúteis e cantilenas, no vestir roupas cômodas e largas, muito rico, nada avarento, antes pródigo, longe de entesourar, dissipava a sua fortuna; muito prudente, quando tratava dos negócios, fora deles distribuía a mancheias o dinheiro" (Thom. Cel. I, n. 2). Mostrava-se gastador consigo e com os seus amigos, com os pobres e os necessitados. (Tres Socii, n. 2).

  Alma verdadeiramente cavaleiresca: Bem cavaleirosa era a inclinação que impelia insistentemente o jovem Francisco para as expedições militares, em que é necessário empregar violentos esforços e até expor-se a ferimentos e à morte. Tinha cerca de vinte anos quando tomou parte na terrível guerra que estalou entre Assis e Perúgia; aí foi feito prisioneiro, com muitos dos seus companheiros de armas. Durante o ano que lhes durou o cativeiro, venceu a todos em coragem cavaleirosa. Não perdeu por um momento o seu bom humor, e até se ria, a gosto da sua enxovia e dos seus ferros. Sempre conseguiu, como é próprio de um amável cavaleiro, levantar o moral dos prisioneiros, fazer voltar à ordem os espíritos turbulentos e dirimir as questões que entre eles se desencadeavam. 

  A "conversão" de Francisco vai ser preparada por Deus através de uma doença de mais de um mês, que lhe alquebrará ao mesmo tempo o corpo e a alma. Nosso Senhor Jesus Cristo vai tirar do coração de Francisco seu apego às alegrias do mundo, e vai transformar, no ideal de Francisco, a cavalaria terrestre em cavalaria espiritual, assim como bem mais tarde irá fazê-lo com Inácio de Loiola.
   Depois desta doença, quando entrou em convalescença - provavelmente aos 23 anos de idade - e, apoiado a uma bengala, saiu de casa pela primeira vez, o mundo tinha perdido para ele todo o encanto de outrora. Percebeu que uma grande mudança se operara nele. Admirava-se desta mudança de coisas, e, desde que recobrou as forças, tentou esquivar-se à mão divina. Assaltado de projetos terrenos, pôs-se a caminho para a Apúlia, à cata de aventuras. E, quanto mais avançava, mais pensativo se tornava. Chegado que foi a Espoleto, deu-lhe Deus ordem de regressar a Assis, onde lhe seria indicado o que teria a fazer. Era tão formal a ordem divina, que Francisco tomou imediatamente o caminho da cidade natal. (Cf. Tres Socii, n. 6). Mal chega a casa, já os amigos o impelem à organização de uma de suas festas. A princípio hesitou, mas depois acabou aceitando o convite. Após o festim magnífico, espalhou-se o alegre bando, a cantar como tantas vezes o fizera antes, pelas ruas de Assis. Francisco, empunhando o cetro de rei da festa, ia a certa distância, silencioso e recolhido. De repente, recebe a visita de Deus: tal doçura invade sua alma que, insensível às coisas exteriores, detém-se sem voz, sem movimentos. (Cf. Tres Socii, n. 7). A partir desta hora, mostrou-se mais meditativo e mais interior. Logo se sentiu tomado de tédio, não só por si como também por tudo quanto amara até então. É evidente que isso não se deu senão aos poucos, uma vez que não se achava ainda de todo libertado das vaidades do mundo. Mas ia fugindo cada vez mais ao tumulto dos negócios, procurava o comércio de Deus e dirigia-se todos os dias para uma gruta solitária, fora da cidade, arrebatado por uma força irresistível e acalentado por uma divina suavidade. Experimentava, no entanto, indizíveis sofrimentos e projetos tumultuavam-lhe no espírito e aí levantavam tempestades. Examinava-os, para depois os aprovar ou rejeitar. Ardendo em fervor e em santas resoluções para o futuro, consumia-se em aflições pela sua vida passada. Que devia renunciar inteiramente ao mundo e empenhar-se, sem reservas no serviço de Deus, isso o sabia ele muito bem, mas era tudo.

 No próximo post, falaremos de sua "conversão".


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