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LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

AMBIGUIDADE

    O QUE É AMBIGUIDADE?

   Já que o Português veio do Latim, comecemos por este. E por trilhar caminho mais seguro, vejamos pelo uso clássico. Não resta dúvida que Virgílio foi um grande escritor latino. Pois bem, ele empregou a palavra ambiguus para significar: o que tem dois sentidos (Eneidas 3, 180). Este seria o sentido próprio. Cícero empregou o termo ambiguus no sentido de enganador (já no sentido figurado). Se um gesto, ato ou palavra têm dois sentidos, naturalmente podem levar ao engano. 

  Em Português, ambíguo significa equívoco, incerto, impreciso. O antônimo é: claro, preciso, firme. 

  Vamos, agora, ao mais importante e seguro: O que diz a Bíblia Sagrada?
   
  Disse Nosso Senhor Jesus Cristo: "Seja o vosso falar: sim, sim; não, não. Tudo o que disso passa, procede do maligno" (S. Mateus V, 37). 
  São Tiago repete a mesma pregação de Jesus: "Mas seja a vossa palavra: - sim, sim - não, não - para que não caiais sob o peso do juízo" (S. Tiago V, 12). 
  Lemos no Eclesiástico II, 14: "Ai do coração dobre... e do pecador que anda sobre a terra por dois caminhos". No capítulo V, 11 do mesmo livro: "Não te voltes a todo vento, e não andes por todos os caminhos, porque é assim que todo pecador se dá a conhecer pela duplicidade da sua língua". 
  Provérbios, VIII, 13: "O temor do Senhor odeia o mal. Eu detesto a arrogância e a soberba, o mau proceder e a LÍNGUA DUPLA".
  Destaquei esta última citação do Livro dos Provérbios porque é sobre ela que me deterei mais um pouco. Língua dupla é justamente a língua que profere ambiguidades, ou palavras de dois sentidos e portanto enganadoras.  Estudamos em Teologia que, todas as vezes que as Sagradas Escrituras empregam a palavra  detestar ou detestável etc. isto significa que se trata de algum mal grave. Estudamos isto na Teologia quando se trata de saber o que seria pecado grave ou leve. 
   
   Logo, em se tratando de ambiguidades que provocam desastres na fé e portanto, de consequências eternas, é evidente, que neste caso, se revestem de uma gravidade incomensurável. Sabemos que a Santa Madre Igreja sempre ostentou uma clareza singular nos seus dogmas, definidos no decorrer dos séculos pelos vários Papas e Concílios. 

   Como "Ut legem credendi statuat lex suplicandi" (A lei da oração =[liturgia] estabelece a lei da fé), o principal instrumento da Tradição da Igreja está encerrado nas suas orações e toda a Liturgia é um escrínio da Fé católica, e o culto que a Igreja rende a Deus é uma contínua profissão de fé católica. Daí o primeiro caráter do heresia anti-litúrgica é o ódio da Tradição nas fórmulas do culto divino. "Todo sectário - diz D. Guéranger - querendo introduzir uma nova doutrina, encontra-se infalivelmente em presença da liturgia, que é a Tradição no seu mais alto poder, e ele não terá repouso senão quando tiver feito calar esta voz, senão quando tiver rasgado estas páginas que exalam a fé dos séculos passados(...). Nada mais claro do que as rubricas da Liturgia tradicional!

  E os modernistas empregaram a ambiguidade em tudo, mas sobretudo no Concílio Vaticano II e no "Novus Ordo Missae" como a arma mais poderosa. Sem julgar as intenções, o que só pertence a Deus, objetivamente vemos sem dificuldade e com clareza que o Concílio Vaticano II não primou por uma linguagem inequívoca. 

  A ambiguidade é tão perigosa que não adianta o Magistério Vivo da Igreja ficar sempre dizendo qual é o sentido verdadeiro. Os inimigos da Igreja sempre tirarão suas consequências no sentido que não é o verdeiro. E 50 anos foram suficientes, sobretudo para quem os vem acompanhando, para se perceber que os modernistas no Concilio tiveram a intenção (como parece mostrar o cardeal Kasper) [houve até no Concílio quem declarou esta sua intenção; mas é claro não podemos julgar e generalizar; veremos no dia do Juízo] de colocar ambiguidades onde poderiam tirar depois suas conclusões. E tudo parece indicar que eles entendiam que Concílio Pastoral era sinônimo de Ecumenismo. E talvez a ambiguidade tenha sido empregada para se poder fazer  ecumenismo. Por amor à brevidade e a estreiteza do espaço de um post, cito apenas esta passagem do Concílio Vaticano II: "A Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica". Todos os Santos, Papas, Concílios  e Doutores sempre ensinaram que a Igreja de Cristo é a Igreja Católica. O povo católico nunca teve dificuldade em entendê-lo. Agora, o tal "subsist in", "subsiste em" é tão difícil de entender que até os teólogos se sentem embaraçados na ginástica que fazem para explicá-lo. Então a Pastoral não é para o povo entender melhor, mas para os protestantes se sentirem melhor e mais firmes nas suas heresias. Que Concílio Pastoral é esse!!! Queremos deixar claro o seguinte: o que o Concílio repetiu da Tradição e não o deturpou por nenhuma ambiguidade é bom!!! Mas há um axioma que diz: "Bonum ex integra causa, malum ex quocumque defectu".  Extraindo pela raiz  o que há de defeituoso, ambíguo e perigoso do Concilio Vaticano II, este não provocará mais meio século de discussões e desastres. Tornar-se-á uma boa árvore e dará bons frutos. É o que certamente fará o Magistério Vivo, Perene e Infalível da Santa Madre Igreja.  Quando não sabemos! Como o Concílio Vaticano II não definiu nada, restará o pouco que nele traz da Tradição. 

Continua no próximo post: Os perigos da ambiguidade. 


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