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Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Cabe só aos sacerdotes dar a comunhão

   Esta tese é provada por Santo Tomás de Aquino (IV Sent. dist. XIII, q. 1 a 3, qa 1, 2; S. T. q. LXXXII, a. III.  Vê-lo-emos no próximo post, se Deus quiser. 

   Agora quero apenas fazer uma como introdução. 

   Já tivemos ensejo de explicar em outros posts que, conquanto a Eucaristia recorde diretamente e em primeiro lugar a Paixão de Jesus, não exclui a lembrança dos mistérios gloriosos. Jesus Cristo está no altar com a Sua vida divina que não cessa jamais, com a sua vida mortal cuja forma histórica cessou sem dúvida, mas cuja substância e merecimentos permanecem com a Sua vida gloriosa que não tem fim. 

   Para o assunto de que vamos tratar aqui, creio serem muito elucidativas duas passagens da vida de Jesus relatadas por São João no seu Evangelho. No capítulo XII, versículos 3 a 8, São João diz que seis dias antes da Páscoa, Maria (Madalena) ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. Jesus não só o permitiu mas ainda elogiou o gesto desta grande convertida. Já no capítulo XX, versículos 1 e 15 a 18, diz que, depois da Ressurreição, Maria Madalena reconhecendo a Jesus, certamente quis repetir o seu gesto costumeiro e característico. Mas Jesus lhe disse: "Não me toques, porque ainda não subi para meu Pai..." Podemos assim interpretar as palavras de Jesus: Ainda estou aqui mas agora com o corpo glorioso; por isso não me toques.
   Por ordem de Jesus, São Tomé vai tocá-Lo, mas o Apóstolo tinha sido consagrado por Jesus Cristo na  Última Ceia.
   Ora, sob as aparências do pão, temos na Eucaristia o Corpo Glorioso de Jesus. Logo, só aqueles que forem consagrados sacerdotes poderão tocá-lo para o distribuir aos comungantes.

   Consideremos outro fato também descrito por São João Evangelista: a multiplicação dos pães. São João normalmente não repete o que os sinóticos narram. Mas é interessante notarmos como antes de narrar a promessa da Eucaristia no capítulo VI, o Apóstolo que escreveu o 4º Evangelho narra imediatamente antes a multiplicação dos pães, mostrando claramente que esta seria figura da Eucaristia. O que nos interessa, no momento, na descrição da multiplicação dos pães, é o modo como Jesus distribuiu os pães bentos por Ele multiplicados: fá-lo por meio dos seus discípulos. Confiram os três sinóticos: São Mateus XIV, 19, São Marcos VI, 41 e São Lucas IX, 16. Vemos que todos os três evangelistas dizem que Jesus distribuiu os pães aos seus discípulos para que estes os servissem à multidão. São João diz que Jesus tomou os pães e distribuiu-os entre os que estavam recostados, isto é, às turbas (São João VI, 15). Entendemos que Jesus o fez através de seus discípulos como claramente dizem os outros três evangelistas.
   Ora, se na figura (a multiplicação dos pães) Jesus quis que, apesar de ser uma multidão de 5 mil pessoas, os pães só fossem distribuídos pelos discípulos, como não iria querer que a realidade (o Pão Eucarístico) fosse distribuído  somente pelos seus discípulos consagrados, que são os sacerdotes? Logo, os leigos só poderão ser ministros da Eucaristia em circunstâncias extraordinárias, como, por exemplo, foi o caso de São Tarcísio e outros semelhantes.

   Depois, a experiência tem provado, infelizmente à saciedade, que a existência de ministros leigos da Eucaristia tem propiciado inúmeras profanações e sacrilégios. Vou fazer uma hipótese. Suponhamos que um ministro e pior ainda, uma ministra da Eucaristia leve por algum tempo a comunhão aos doentes. Pois bem, se algum doente, neste ínterim, tiver cometido um pecado grave, ou descobriu que precisa fazer uma confissão geral para reparar confissões sacrílegas, terá, digo, coragem de se denunciar junto ao leigo ou leiga, ou fará comunhões sacrílegas até que um padre se digne ir visitá-lo?

   Antes de terminar quero responder a uma objeção: Se o comungante é digno de tocar Jesus com a língua, por que não poderá tocá-Lo para distribuir a Eucaristia?
   Resposta: Primeiro devemos dizer que comungamos não porque somos dignos, mas unicamente pela bondade infinita de Nosso Senhor Jesus Cristo. Depois, uma coisa é tocar em Jesus para comungar, outra é tocar em Jesus para administrar o Sacramento da Eucaristia. Jesus exige para se poder comungar que a pessoa esteja em estado de graça e tenha reta intenção. Para distribuir a comunhão exige também que esteja em estado de graça, que tenha reta intenção e também que seja consagrado para tanto. Como veremos no próximo post, Santo Tomás diz que a reverência devida a este sacramento requer que não seja tocado senão pelo que é consagrado, como são as mãos do sacerdote.
   Na hipótese desta objeção ser verdadeira, se poderia concluir que qualquer pessoa estando em estado de graça poderia apanhar a hóstia consagrada e comungar-se e também distribuir a comunhão. Aliás, estes abusos estão se tornando frequentes. Vi ontem no "Fratres in Unum" a foto da "beata" Marilena Chaui apanhando a hóstia na âmbula e comungando, enquanto o sacerdote quase em "êxtase" a contempla.

  No próximo post transcreverei os argumentos que dá Santo Tomás para provar a tese enunciada no título desta postagem. Aí toda língua se cale, tanto mais que o próprio Jesus, através do crucifixo da Capela de São Nicolau em Nápoles falara a Santo Tomás referindo-se às questões sobre a Eucaristia que ele escrevera para a Suma Teológica: "Bem escreveste de mim, Tomás, que recompensa queres?"
   

   

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