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Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A LIBERDADE DE CRISTO

   "Deo volente", faremos aqui neste post a Exegese Tradicional da passagem bíblica: Epístola aos Gálatas IV, 31: "Por isso, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre: e é com esta liberdade que Cristo nos fez livres".

   Obs.: Na Bíblia moderna  está em Gálatas V, 1: "Para a liberdade foi que Cristo nos libertou". 

   EXEGESE TRADICIONAL: Em primeiro lugar é preciso saber o motivo da Carta de São Paulo aos Gálatas. Este foi: Alguns cristãos vindos do judaísmo e muito apegados às práticas legais, introduziram-se nas Igrejas da Galácia, sustentando que a circuncisão e outras práticas da lei eram necessárias a todos para se salvarem e serem herdeiros das promessas messiânicas (Cf. At 15, 1). Era distorção do genuíno Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo que São Paulo pregava. Aqueles turbulentos, para insinuarem com mais segurança os seus erros, afirmavam que Paulo não era verdadeiro apóstolo, por não ter recebido a missão diretamente de Cristo; que estava em desacordo com os verdadeiros apóstolos e que era um oportunista que andava à procura unicamente de favores dos homens. 

   São Paulo condena a heresia daqueles que, mesmo depois do que foi decidido pelos Apóstolos no Concílio de Jerusalém, ainda ensinam que para o homem ser um justo perante Deus, é necessária a observância daquelas cerimônias e prescrições da lei mosaica, a começar pela circuncisão. São Paulo no capítulo III, 28 diz: "Não há judeu nem grego, não há servo, nem livre, não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Jesus Cristo". O Apóstolo. dirigindo-se àquele grupo de rebeldes, que insistem  na necessidade da circuncisão,  emprega uma acerba zombaria, que São Jerônimo ameniza traduzindo num latim mais polido: "Utinam et abscindantur que vos conturbant". Talvez São Paulo também quisesse ironicamente lembrar a escravidão do fanatismo pagão que levava muitos homens a se castrarem no ritual que fazia parte do culto do deus Atis e da deusa Cébele (Isto na Ásia Menor já no s. III a. C.). 

   São Paulo nesta Epístola aos Gálatas, através da alegoria de Sara e Agar, queria ensinar o seguinte: Por que escravizar-se à lei judaica se a Redenção está prometida ao discípulos de Cristo e não aos sequazes de Moisés? Suaves e perfeitíssimas, as leis evangélicas dispensam-nos da pesadas e ineficazes práticas da lei antiga. 

   Vejamos, agora, como gozar dessa liberdade preconizada por São Paulo. Alforriados da Lei de Moisés, passamos para a Lei do Evangelho. É óbvio que a liberdade à qual se reporta São Paulo, não é a independência, absoluta e a licença de praticar indistintamente o bem e o mal; e, sim, aquela atitude interior definida pelos Escolásticos como "o poder de agir de acordo com a razão". A independência absoluta não a possuía nem mesmo o próprio Deus; pois ainda que acima d'Ele não haja outra autoridade a quem dar conta de seus atos e tudo possa o que Ele quer, ainda assim é-lhe rigorosa e fisicamente impossível desejar, querer e aprovar algo que não seja santíssimo e sapientíssimo.

   Assim é que, livrando-nos da lei antiga para sujeitar-nos ao seu Evangelho, Nosso Senhor isentou-nos das obrigações do judaísmo que oprimiam, dando-nos novos mandamentos que nos elevam. Lá na Lei antiga, havia um emaranhado de tradições, artigos e prescrições que, acrescentando-se aos preceitos divinos (Decálogo), aumentavam com o passar dos anos, sufocando as almas dos seus adeptos. Aqui, na Nova Lei do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo o único preceito do amor que, a todos acessível, transforma em suave fardo o próprio peso da Cruz. Mostrava a lei antiga o caminho do bem, mas negava a força para realizá-lo; aponta-nos o Evangelho a virtude e proporciona-nos os meios para consegui-la. Com "as tradições antigas", os judeus escravizavam ao infeliz povo judaico. Com o seu Evangelho, Jesus Cristo liberta as almas dos homens. 

   Submisso, embora, aos preceitos evangélicos, o discípulo de Cristo goza de verdadeira liberdade. Se as paixões o tentam, nele encontram um rochedo que não se comove. Se os encantos o atraem, nele encontram um sábio que não se vende. Às riquezas apenas dando o valor que merecem, delas serve-se sem ostentação, jamais a elas escravizando-se. E, conservando aquela nobre altivez que Jesus Cristo confere a seus discípulos, não se curva aos felizardos do século e não se humilha aos poderosos do mundo. Enfim, mais que todos pode afirmar a sua independência, pois onde os outros obedecem por servilismo ou por força, ele obedece com dignidade. Nas autoridades humanas vendo apenas um homem, os homens perdem diante de um seu semelhante sua liberdade. Nelas vendo, porém, a imagem de Deus, o cristão pode afirmar com toda a razão que tão somente se curva ao jugo divino.

   Mas "a liberdade dos filhos de Deus", não é a licença desenfreada que lhes outorga o direito de fazerem tudo o que querem, e sim o poder de fazerem tudo o que devem". (Chovin).  Esta, caríssimos, a verdadeira liberdade que Nosso Senhor Jesus Cristo nos outorgou com o seu Sangue preciosíssimo. 

  

   

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