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LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

ESPÉCIES DE PENITÊNCIA

   Ouçamos o Padre Alexandrino Monteiro, S.J.:

   "A penitência é a virtude pela qual destruímos em nós o pecado e satisfazemos por ele a Deus. Ora, o pecado apresenta um duplo caráter: um interior, enquanto nos afasta de Deus; e outro exterior, enquanto nos inclina à criatura. Portanto, a penitência apresenta um duplo efeito: converter-nos a Deus, e afastar-nos da criatura. A conversão a Deus constitui a penitência interna. Por outras palavras: a penitência interior consiste nos atos de contrição e propósito; a penitência exterior consiste na punição dos abusos das nossas faculdades exteriores e das criaturas, e caracteriza-se pelo sofrimento que exerce nos sentidos do corpo. 
   
   A penitência interior é a principal, e, por assim dizer, a alma da penitência, visto o pecado residir propriamente na vontade. Sem a penitência interior, a exterior de nada vale. A penitência exterior é o fruto da interior, porque é o castigo dos pecados cometidos. 

   Segue-se daqui que a penitência exterior é tão necessária, que, sem ela, se pode duvidar da interior, da qual a exterior é parte integrante e natural complemento. Pelos frutos se conhece a árvore. Assim como pelos frutos se conhece a boa qualidade da árvore, assim pelos atos da penitência exterior se conhece a boa qualidade da penitência interior, donde eles procedem. Uma alma revela-se verdadeiramente penitente pelas lágrimas, suspiros, golpes no peito (como Jesus mostra o publicano rezando no Templo), jejuns e disciplinas. Pelo contrário, um pecador que não manifesta em algum ato a sua compunção, dá, por isso mesmo, um indício de impenitência interior.

   Desta doutrina se deduz que a penitência exterior é uma virtude universal, de todas as pessoas e de todos os tempos, não só dos monges e anacoretas, mas também das rainhas e dos reis, dos servos e dos senhores; não só da idade média, mas também da moderna; porque em todas as classes e em todas as idades há pecadores.

   A penitência nunca passará da moda. As leis, os costumes, as praxes sociais mudam-se com os tempos; a penitência permanecerá sempre obrigatória para quem naufragou na inocência. O eco da pregação do Batista: - Fazei penitência! - continuará a ressoar desde as margens do Jordão até aos mais longínquos âmbitos da terra, e até à consumação dos séculos. 

PENITÊNCIA INTERIOR

   A penitência interna é uma virtude tão necessária, que a Sagrada Escritura se refere a ela com palavras inequívocas:
   "Se não fizerdes penitência, todos igualmente perecereis" (Lc 13,5).
   "Se não fizermos penitência, cairemos nas mãos do Senhor" (Ecli 2, 22).
   "Convertei-vos e fazei penitência" (Mt 3,2).
   "Se o pecador fizer penitência, esquecer-me-ei dos seus pecados" (Ez 18,21).

   A penitência interior é uma virtude fácil. É um ato livre da nossa vontade. Basta ter olhos para chorar, vontade para querer, coração para amar. O Senhor está pronto a nos dar o perdão ao menor ato de arrependimento. E se nos dá tudo para a vida natural, quanto mais para a sobrenatural?

   A penitência interior é uma virtude, que se pratica prontamente: é como um raio de luz que passa; um relâmpago que ilumina; um - ai, Jesus! - do coração; um sincero - pequei! - da alma; uma lágrima dos olhos e nas faces. 

   A penitência interior é uma virtude eficaz. Ainda que reneguemos de Cristo como Pedro; ainda que persigamos a Igreja, como Paulo; ainda que professemos a heresia como Agostinho; ainda que escandalizemos o próximo, como Madalena, se fizermos penitência, seremos como eles perdoados. 

   A penitência  é uma virtude interior, não só do corpo, senão da alma, ainda que muitas vezes se revele em lágrimas ardentes; sobrenatural, não humana, mas divina; excitada pelo temor do castigo, pela consideração dos novíssimos da alma, pela bondade de Deus, pela Paixão do Redentor; suma, enquanto à vergonha e contrição; universal, porque se estende a todos os pecados com firme propósito de evitar os cometidos e os que se possam vir a cometer.
   Esta contrição perfeita, informada pela caridade, que aformoseia a alma e a purifica de toda a mancha, e que a faz entrar no número dos filhos de Deus, devemos procurar gravá-la no íntimo do nosso coração, e não deixá-la mais, mas segurá-la com ambas as mãos, como o náufrago segura a tábua, com que se salvou do naufrágio. (Depois, faremos algumas postagens sobre a compunção). 

Nota: No próximo post falaremos da penitência exterior.

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