SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

quinta-feira, 20 de julho de 2017

MALÍCIA DO PECADO MORTAL


"Criei filhos e engrandeci-os; mas eles me desprezaram" (Isaías I, 2).

Deus manifestou sua justiça propondo como vítima de propiciação a Seu Filho Jesus (cf. Rom. III, 25). E o divino Espírito Santo já havia declarado através do Profeta Isaías: "Será (o Messias) despedaçado por causa de nossos crimes". Jesus ressuscitado glorioso não sofre mais. Mas sendo também Deus já previu todos os pecados dos homens e por eles sofreu e morreu. Todo pecado fez Jesus sofrer.

O pecado mortal é uma ofensa grave que se faz a Deus. A malícia de uma ofensa , ensina Santo Tomás de Aquino, se mede pela pessoa que a recebe e pela pessoa que a comete. Assim, uma ofensa feita por um colega ao seu colega, é, sem dúvida, um mal; mas, se um súdito desacata o Rei, isto é muito mais grave. E quem é Deus? É o Rei dos reis (Apoc, XVII, 14). Deus é majestade infinita, perante quem todos os príncipes da terra e todos os santos e anjos do céu são menos que um grão de areia: "Todos os povos na Sua presença são como se não existissem, e ele considera como um nada, uma coisa que não existe" (Isaías XL, 17). Por outro lado, que é o homem? Responde São Bernardo: saco de vermes, pasto de vermes, que cedo o hão de devorar. O homem é um miserável que nada pode, um cego que nada vê; pobre e nu, que nada possui (Apoc, III, 17). E este verme miserável se atreve a injuriar a Deus? exclama o mesmo São Bernardo. Com razão, pois afirma Santo Tomás de Aquino, que o pecado do homem contém uma malícia quase infinita (S. Th. p. 3, q. 2, a. 2.). Santo Agostinho vai um pouco mais além e diz que, absolutamente, o pecado é UM MAL INFINITO. Na verdade, a gravidade de uma ofensa se mede pela dignidade da pessoa ofendida. Ora, o pecado ofende a Deus que é de uma DIGNIDADE INFINITA. Logo, sob este aspecto, é um mal INFINITO. Daí dizer o próprio Deus: "Delicta quis intelligit?" (Salmo 18, 13). Sendo o homem finito não poderá compreender toda gravidade do pecado mortal, porque é infinita.  E Santo Afonso conclui: "Todos os homens e todos os anjos não poderiam satisfazer por um só pecado, mesmo que se oferecessem à morte e ao aniquilamento. Deus castiga o pecado mortal com as penas terríveis do inferno; contudo esse castigo é, segundo dizem todos os teólogos, menor que a pena com que tal pecado deveria ser castigado". E alguns teólogos daí concluem que o inferno é eterno: sendo criatura, nunca poderá ser infinito. Mas a gravidade do pecado mortal é infinita. Como Deus é justo, a eternidade é algo infinito na duração.

Mas que pena bastará para castigar como merece um verme que se rebela contra seu Senhor? Somente Deus é Senhor de tudo, porque é o Criador de todas as coisas. Por isso, todas as criaturas lhe devem obediência. Mas o homem, quando peca, que faz senão dizer a Deus: Senhor, não quero servir-te. Deus diz: "Não te aposses dos bens alheios" e, no entanto rouba. "Abstém-te do prazer impuro, e o pecador não se resolve a privar-se dele. Lemos no Êxodo, V, 2 que quando Moisés comunicou a ordem de Deus de que Faraó desse liberdade ao povo de Israel, este ímpio respondeu: "Quem é o Senhor, para que eu obedeça à sua voz? ... Não conheço o Senhor". Caríssimos, o pecador diz a mesma coisa: Não conheço Senhor; eu sou senhor do meu querer; faço o que me agrada. Assim, na presença de Deus mesmo Lhe falta o respeito e se afasta d'Ele e nisto consiste propriamente o pecado mortal: o ato com o homem se afasta de Deus e se volta paras as criaturas. Quando o homem peca, ele levanta a mão como que ameaçando o Onipotente. 

"Tu desonras a Deus, transgredindo a lei" (Rom. II, 23). Além de ofender a Deus, também O desonra. Na verdade, renunciando à graça divina por um miserável prazer, menospreza e rejeita a amizade de Deus. E por conta de que? Diz o Espírito Santo: "Elas (falsas profetisas que perdem as almas) desonravam-Me diante do meu povo por um punhado de cevada e por um pedaço de pão, matando as almas" (Ezequiel XIII, 19). "Quando o pecador, diz Santo Afonso, começa a deliberar consigo mesmo se deve ou não dar consentimento ao pecado, toma, por assim dizer, em suas mãos, a balança e se põe a considerar o que pesa mais, se a graça de Deus ou a ira, a quimera, o prazer... E quando, por fim, dá o consentimento, declara que para ele vale mais aquela quimera ou aquele prazer que a amizade divina". Daí dizer Deus pela boca do profeta Isaías: "A quem me comparastes vós e me igualastes, diz o Santo?" (XL, 25). Ó pecador! terias pecado se soubesses que ao cometer o pecado perderias uma das mãos ou mil reais ou menos talvez? Só Deus parece tão vil a teus olhos que merece ser posposto a um ímpeto de cólera, a um gozo indigno.

Deus é o nosso único e último Fim. E, no entanto, quando o pecador, para satisfazer qualquer paixão, ofende a Deus, na verdade, converte em sua divindade essa paixão, porque nela põe o seu último fim. Daí dizer São Jerônimo: "Vício no coração é ídolo no altar". São Paulo diz chorando que para muitos o seu estômago é o seu deus: "Quorum Deus, venter est". Diz Santo Tomás de Aquino: "Se amas os prazeres, estes são teu deus". E São Cipriano: "Tudo quanto o homem antepõe a Deus, converte-o em seu deus".

O pecador sabe que Deus está em toda parte e que os vê. Mas injuriam-No e O desonram face a face. Dizem que uns povos pagãos na antiguidade consideravam o Sol o seu deus e por isso procuravam evitar o pecado durante o dia. Os cristãos que pecam gravemente, não apresentam nem esta sensibilidade pagã.

O pecador despreza tudo o que Jesus Cristo fez e sofreu para tirar o pecado do mundo. Na expressão de São Paulo, o pecador calca aos pés o Filho de Deus (cf. Hebr. X, 29). Diz Santo Afonso: "Bem sabe o pecador que Deus não pode harmonizar com o pecado. Bem vê que, pecando, obriga Deus a  afastar-se dele. Rigorosamente, é como se Lhe dissesse: Já que não podeis ficar com meu pecado e tende de afastar-vos de mim,  -  ide quando vos aprouver. E expulsando a Deus da alma, deixa entrar o inimigo que dela toma posse. Pela mesma porta por onde sai Deus, entra o demônio". Caríssimos, que mágoa não sentiríamos se recebêssemos grave ofensa duma pessoa, a quem tivéssemos feito grande benefício? Pois bem, esta mágoa e infinitamente maior o pecador causa a Deus, que chegou a dar sua vida para nos salvar.


Ó Jesus, não, nunca mais quero me separar de Vós! Dai-me a santa perseverança... Maria Santíssima, minha Mãe, socorrei-me sempre; rogai a Jesus por mim e alcançai-me a dita de jamais perder graça divina. Amém!

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